(91) 3081-9091 | (91) 99111-0546 | (91) 99191-1299 | (91) 98257-9380
wagnerveiga67@yahoo.com.br | insideconsultoria@yahoo.com.br

/ Arqueólogos iniciam trabalho em mais de 40 sítios no interior do Ceará

Com riqueza de informações históricas, profissionais coletam dados sobre as condições de preservação de áreas habitadas por povos indígenas em período pré-colonial.

Um total de 42 sítios arqueológicos localizados nas cidades de Sobral, Forquilha, Irauçuba e Granja, no noroeste cearense, começam a ser cadastrados e recastrados pela empresa Inside Consultoria sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

O trabalho teve início na última segunda-feira (9) quando arqueológos registraram e coletaram dados dos sítios Bilheira 1 e Andorinha 1 e 2, situados no distrito de Taperuaba, município de Sobral, a cerca de 50 quilômetros da sede da cidade. O trabalho seguiu na terça-feira (10) em mais oito sítios no chamado Complexo Bilheira, também no distrito de Taperuaba.

O estudo realizado pela Inside em 2022, apontou que a região em que estão localizados os municípios, trata-se de uma das que concentra o maior número de sítios arqueológicos com a presença de registro rupestre do estado do Ceará.  

Levantamento e relatórios

Dentre os objetivos previstos nas ações de cadastramento e recadastramento estão a produção de plantas/mapas georreferenciadas com a delimitação de cada sítio arqueológico, com localização dos painéis e cortes (perfis rochosos), acompanhados de levantamento fotográfico detalhado de pelo menos 70% dos painéis de arte rupestre e 100% do sítio e seu contexto ambiental, e também a elaboração de relatórios parciais e cadastros no banco de dados do Iphan.

“Já conseguimos fazer o registro das pinturas, fotografamos, também realizamos o registro em vídeos para a montagem do banco de dados a ser apresentado ao Iphan”, explicou o arqueólogo e diretor da Inside Consultoria, Wagner Veiga, sobre o sítio Bilheira I. Veiga ressaltou, que o espaço em que se encontra o vestígio de ocupação humana está preservado, mas com alguma “deteriorioração em função do tempo”. “Chuva, vento e a presença de animais concorrem à deterioração nesses casos, mas aqui não observamos nenhum impacto por conta da ação humana”, acrescentou.

Registro e rupestre

O cadastramento e o recadastramento devem levar de dez a 15 dias até serem concluídos. Durante a visita de campo, a equipe recorre a um aplicativo a fim de registrar informações sobre as características do sítio arqueológico, em que contém a descrição dele (sítio), de possíveis impactos (naturais e humanos), além de medidas de preservação e conservação que podem ser adotadas para o resguardo do sítio. O aplicativo também registra a paisagem nas quais estão inseridos os sítios arqueológicos, ao mesmo tempo que são captadas imagens, vídeos e fotos dos desenhos inscritos nas pedras.

Segundo Wagner Veiga, a linha do desenho rupestre pode apontar para um possível registro do tempo, momento em que os antigos habitantes desejavam marcar períodos de chuva, de sol, de muito vento, e outras pecularidades testemunhadas. “As vezes a gente encontra muitos paineis com registro de figuras humanas, de animais, com pinturas representando sol, lua, e algumas linhas que podem ser calendários”, explica o arqueólogo.

O projeto de pesquisa indica que a ocupação humana da região remete a um período anterior à colonização e feita por indígenas de diversas etnias, dentre elas Tabajara, Tremembé, Potiguar, Arariú, Cariri, Aruá, Cariús e Quixelô.

Pedra da Andorinha 

No sítio Pedra da Andorinha 1 e 2, a atividade ocorreu dentro da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (Revis) ‘Pedra da Andorinha’, que possui uma área de 598,6 hectares, localizada na CE-362, distrito sobralense de Taperuaba. O local é patrimônio natural e ponto de visitas turísticas e de estudos de pesquisa.

“Há o interesse total de fomentar, principalmente de mostrar isso aqui ao público. A fomentação da pesquisa científica aqui nessa região do sítio arqueológico é de fundamental importância para nós, afinal de contas faz parte da história da humanidade”, considera o gestor da Unidade de Conservação, Francisco Ávila Mendes, que acompanhou o trabalho da equipe de arqueológos. 

ASCOM Inside Amazônia

Últimas Notícias
×

Olá como posso ajudá-lo ?

×